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CONTENDAS EM CASAS DE ACOLHIMENTO DE REFUGIADOS
NA ALEMANHA
Polícia toca Alarme - Quem é Agressivo tem Vantagens
Só no mês de Setembro entraram na Alemanha mais de 270.000
refugiados. Mais de metade dos refugiados tem idade inferior a 25 anos. Devido
à “política de bem-vindos” de Merkel, aumenta o burburinho na sociedade alemã;
o grau de popularidade da chanceler Merkel já desceu 9 pontos passando para o
4° lugar quando antes mantinha sempre o 1° lugar (Conta agora, apenas com 54%
de cidadãos que aprovam a sua política, Wolfgang Schäuble passou para 1°
lugar). Reformados e grupos carentes vêem cada vez menos dinheiro no orçamento
alemão e contam já no próximo ano com pioramento da sua situação. O interesse e
o medo tendem a desequilibrar-se. Em vários centros de acolhimento de
refugiados há pancadarias entre grupos de refugiados; há médicos que já só
querem entrar em centros de refugiados se acompanhados pela polícia. O
sofrimento cria sofrimento.
Custa à imprensa alemã informar sobre tais casos para não
fomentar sentimentos de agressão contra os refugiados mas atendendo à
frequência das acções violentas entre estes, vê-se obrigada a deixar passar
alguma informação em primeiro plano.
Em muitos casos, refugiados já traumatizados trazem os conflitos
consigo, acrescentados por situações que não correspondem ao que tinham sonhado
quando se puseram a caminho da Europa. A potencialidade dos conflitos é grande,
se atendermos aos traumas da guerra, à longa caminhada até cá e que nos mesmos
alojamentos se encontram muçulmanos sunitas e xiitas em guerra entre si, etnias
e nações com interesses e costumes diferentes, cristãos que tiveram de fugir
dos países devido à perseguição muçulmana, sofrendo agora a continuação da
violência nos alojamentos, além do mais também os refugiados do Leste Europeu
sem direito a asilo que esperam da sua estadia uma mesada superior à que
recebem no emprego nas suas terras. Por estas e por outras o governo já
determinou medidas tendentes a apressar o processo de asilo e em determinados
casos optou por distribuir géneros em vez de dinheiro.
Para ajudar os estados federados e os municípios, o governo federal
reembolsa-os em 670 euros por mês e por cada refugiado, comparticipando assim
nos elevados custos dos estados federados e dos municípios. O apoio é concedido
até que termine o processo de asilo de cada um. Uma vez reconhecido o direito a
asilo, os asilados entram no sistema geral alemão de apoio social Hartz IV, tal
como qualquer alemão necessitado.
Nalgumas casas de acolhimento de refugiados as contendas têm
escalado. No alojamento de Calden-Kassel que foi concebido para 1.000
refugiados, agora com 1.750 refugiados de 20 nações, deu-se agora, depois de
outras querelas, uma pancadaria com paus e gás de pimenta em que participaram
370 refugiados (albaneses e paquistaneses) e a que acorreram 50 polícias; 14
refugiados e três polícias foram feridos (http://zu.hna.de/calden2909). Polícias queixam-se que para acorrerem aos alojamentos
já lhes falta o tempo para observarem os meios da droga e outros sectores de
observação.
Nas palavras de Rainer Wendt chefe do sindicato da polícia, no
“Passauer Neue Presse”, revela-se muita experiência recalcada e frustração
acumulada, partilhada pelos colegas polícias nas suas intervenções em casas de
alojamento de refugiados: "Temos
experimentado essa violência durante semanas e meses. Juntam-se em grupos de
acordo com etnias, religião ou com estruturas de clã e vão uns contra os outros
com facas e armas caseiras”. "Islamitas querem impor lá os seus valores e
a sua ordem". A minoria dos cristãos deveria, ser colocada, nas casas de
alojamento de refugiados "sob protecção especial" porque é, muitas
vezes, perseguida de forma maciça.
Muitos não se comportam como hóspedes e muitos refugiados
alemães que depois da segunda guerra mundial vieram para a Alemanha (11 milhões)
e viveram durante anos em alojamentos muito precários para refugiados,
custa-lhes a compreender o comportamento e exigências de muitos refugiados de
hoje.
Com a miséria e despovoamento da Síria, a longo prazo ganham os
que querem lá a guerra. A Alemanha com tanta
imigração rejuvenesce-se e cria maior concorrência no mercado de trabalho e
deste modo disciplina o próprio operariado na concorrência europeia e
globalista que quer uma precaridade comum aos diversos Estados. Assim evita uma
flutuação de carentes entre os vários sistemas de apoio social da União
Europeia.
Porque não se dá o mesmo direito aos que solicitam asilo nas
embaixadas como aos que são transportados por quadrilhas que rebocam fugitivos
que tiveram de pagar entre 4.000 e 8.000 euros aos que organizaram o seu
transporte?
Que se faz contra os bandos de candongueiros ou traficantes? A
proposta de lei do governo contempla um mínimo de três meses de cadeia para
tais delitos. Porque é que alguns partidos de esquerda se opõem a medidas concretas
contra os traficantes?
A crise dos refugiados continuará enquanto as potências
continuarem a lucrar e ganhar créditos com a desestabilização dos países
através da guerrilha e da morte.
O problema dos refugiados sírios resolve-se quando os governos
dos USA, Rússia, Arábia Saudita e Irão se juntarem a uma mesma mesa; para isso a elite europeia terá de deixar de jogar com eles o
jogo sujo e disser à população o que verdadeiramente se passa e os motivos que
a levam a actuar assim.Os responsáveis conduzem lá fora a guerra sangrenta
de que os países e os refugiados são vítima e cá dentro na Europa conduz-se a
guerra mediática de que somos nós as vítimas. Na realidade, a política
internacional conflituosa e de rivalidade entre os USA e a Rússia, entre os
xiitas e sunitas, são os responsáveis por uma situação de destruição de nações
e por uma nova situação na sociedade europeia de consequências futuras
imprevisíveis. O
vice-presidente do Parlamento Federal, Singhammer solicita a limitação do
direito dos refugiados ao reagrupamento familiar. Refere que os 200.000
refugiados da síria na Alemanha trariam consigo um "potencial de
reagrupamento ” para a Alemanha de 600.000 familiares.
A Liga dos Direitos Humanos IGFM em Frankfurt expressou que a
proteção do direito de asilo exige um não ao abuso. A maioria dos migrantes vem
de países seguros onde não há perseguição política. Há dias em que entram na
Alemanha 10 000 refugiados.
O político dos Verdes Jürgen Trittin acaba de afirmar: "A
Alemanha está a desaparecer a cada dia que passa". Claudia Roth, do mesmo
partido, comentou: "Alemães são Não Migrantes. Nada mais." A
sociedade europeia, devido à irresponsabilidade política cada vez se
radicalizará mais.
António da Cunha Duarte Justo
“Pegadas do Tempo” www.antonio-justo.eu
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