Diretor
da Europol, agência europeia de polícia e forças de segurança, diz que os
traficantes de pessoas vão desde “simples oportunistas” até gente integrada em
redes multinacionais.
É um fenómeno recente. E são grupos com grande
capacidade tecnológica, que utilizam diferentes plataformas. Encerra-se uma
página, podem abrir outra em segundos”, explica o diretor da Europol, Rob
Wainwright, em resposta à questão sobre o motivo de ser tão complicado travar a
atividade na internet dos traficantesde seres humanos.
Entrevistado pelo “El País” a propósito do
modo como a Europol está a lidar com a atual situação decorrente da guerra
civil na Síria, Wainwright refere que “o aumento de refugiados criou muitas
oportunidades de negócio” e que “esta crise é como um íman para grupos
criminosos que sabem como fazer dinheiro muito facilmente”.
Este ano, a Europol já terá identificado cerca
de 30 mil suspeitos e aberto 1500 novas investigações. O perfil dos envolvidos
vai desde “simples oportunistas” até àqueles que integram redes multinacionais.
“Nos últimos dez anos comprovámos que um
terço dos traficantes [de seres humanos] também está implicado em tráfico de
drogas, lavagens de dinheiro, falsificação de documentos. (…) São pessoas
flexíveis, capazes de se adaptarem com muita facilidade”, afirmou ainda na
entrevista concedida ao jornal espanhol.
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