Lembrou o nosso ex-primeiro ministro e actual Comissário ou-lá-o-que-é da ONU para os
Refugiados, respondendo com sagacidade complacente à possibilidade de haver
agentes do EI infiltrados nesta estranha (o termo é da jornalista Cândida Pinto) súbita vaga dos que debandam do Médio-Oriente para a Europa Central (decuplicaram de um instante para o outro, sem aparente motivo extra que o justifique), que quem tem uma missão terrorista não se mete num barco em risco de naufragar, utiliza o avião.
Concordo. Mas só em parte. De facto, nenhuma organização terrorista com um mínimo de senso e eficácia
enviaria sequazes na maioria das embarcações em que os emigrantes ilegais
atravessam o Mediterrâneo.
Estivesse eu, contudo, à frente do Estado Islâmico e, em
alternativa a infiltrar militantes a conta-gotas por via aérea, preferiria montar uma
rede de tráfico humano concorrente, equipada com barcos ainda em boas condições
(também os há, e muitos, como se sabe, que chegam inteiros às costas italiana e
grega). Pagaria as despesas da operação com o dinheiro sacado aos renegados danados
por chafurdar nas delícias do Ocidente infiel e, à mistura com eles, faria assim entrar na UE
uns, pelo menos, trinta combatentes por cada percurso.
Benefícios
em termos de custos e do número de militantes infiltrados?
Bem…
é… é só fazer as contas.
E
pensarmos nós que este homem decidiu sobre Portugal durante anos!
3 comentários:
"E pensarmos nós que este homem decidiu sobre Portugal durante anos!". Certíssimo. Mas o assustador é pensar-se que um igualzinho, como igual é qualquer socialista pois a retórica salafrária é a mesma, o pantomineiro político Costa, pode ir ao cadeirão. Embora isso seja duvidoso, é sinistro. Costa não passa dum Sócrates meio tarimbeiro e fotocópia. Tal como Sócrates é uma espécie de Mário Soares trampolineiro violento. Toda esta dinastia é uma coisa nauseabunda.
Leopardo
Ao que li, quando Guterres assumiu o cargo da ONU as contas desse sector estavam equilibradas; aqui há um ou dois anos, porém, o orçamento registava já um saldo negativo de umas boas centenas de milhões de euros.
Tratar-se-á uma vez mais da incomparável gestão socialista?
David Caetano
"É só fazer as contas" é de antologia!
Os políticos são pessoas que elegemos a pensar que são movidas pelo interesse público e que estão preparadas para os cargos. Triste engano, na esmagadora maioria dos casos...
Oliveira
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