No
vasto pequeno mundo das coisas & loisas portucalenses mediáticas, duas
delas me puxaram a atenção.
Uma
foi o aranzel despertado pelas declarações do eurodeputado Rangel, que rezou ou
deixou escapar a reflexão de que em socialismo nunca um premier seria investigado, numa alusão segundo os entendidos ao
suspeito eborense (estacionado, para sermos exactos, na linda povoação
alentejana).
Um
cavalheiro escrevente, num jornal, deixou mesmo escapar o raciocínio de que, em
troca, os adversários poderiam colocar em cima da mesa que também um tal
Loureiro e um tal Lima estão a contas com o sector judiciário…
O
que escaqueira a reflexão do dito tipo – pois precisamente os dois citados estão sim senhor sob o foco dos lúzios
da judicial aparelhagem. O argumento colhia se não estivessem!
Não
será assim, carago?
A
outra que me suscitou foi a notícia de que o senhor magistrado que vai decidir
da sorte malina ou benigna do renomado 44 é um cidadão de alto coturno que,
curiosamente, já foi por duas vezes condenado por, parece – se a comunicação
social conta bem o caso – ter tido a pecha de não pagar umas importanciazitas
devidas a uns senhores.
A
meu ver e com o devido respeito, eu creio que um cominado com condenações nunca
deveria desempenhar funções magisteriais! Um fulano qualquer, tendo recebido
condenação do seriíssimo mundo judicial, nunca devia permanecer no mundo
judicial. Não será isto uma posição sensata?
Hoje,
lá fora, brilha um lindo sol de Setembro. Numa árvore próxima passarinhos
cantam. Os automóveis passam, num zumbido leve e por vezes pesado. Almocei umas
ovas grelhadas com batatinhas. Em redor soa uma cantata de Schubert. Sinto-me
pois feliz? Contentinho da silva? Não o afirmaria.
Com
efeito, um halo de tristeza envolve estes meus minutos. Por sentir Portugal no
seu melhor habitual?
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