2 de setembro de 2015

Coisas… do catano!




No vasto pequeno mundo das coisas & loisas portucalenses mediáticas, duas delas me puxaram a atenção.



Uma foi o aranzel despertado pelas declarações do eurodeputado Rangel, que rezou ou deixou escapar a reflexão de que em socialismo nunca um premier seria investigado, numa alusão segundo os entendidos ao suspeito eborense (estacionado, para sermos exactos, na linda povoação alentejana).

Um cavalheiro escrevente, num jornal, deixou mesmo escapar o raciocínio de que, em troca, os adversários poderiam colocar em cima da mesa que também um tal Loureiro e um tal Lima estão a contas com o sector judiciário…

O que escaqueira a reflexão do dito tipo – pois precisamente os dois citados estão sim senhor sob o foco dos lúzios da judicial aparelhagem. O argumento colhia se não estivessem!



Não será assim, carago?

A outra que me suscitou foi a notícia de que o senhor magistrado que vai decidir da sorte malina ou benigna do renomado 44 é um cidadão de alto coturno que, curiosamente, já foi por duas vezes condenado por, parece – se a comunicação social conta bem o caso – ter tido a pecha de não pagar umas importanciazitas devidas a uns senhores.



A meu ver e com o devido respeito, eu creio que um cominado com condenações nunca deveria desempenhar funções magisteriais! Um fulano qualquer, tendo recebido condenação do seriíssimo mundo judicial, nunca devia permanecer no mundo judicial. Não será isto uma posição sensata?



Hoje, lá fora, brilha um lindo sol de Setembro. Numa árvore próxima passarinhos cantam. Os automóveis passam, num zumbido leve e por vezes pesado. Almocei umas ovas grelhadas com batatinhas. Em redor soa uma cantata de Schubert. Sinto-me pois feliz? Contentinho da silva? Não o afirmaria.

Com efeito, um halo de tristeza envolve estes meus minutos. Por sentir Portugal no seu melhor habitual?

Ah catano!



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