lustucru
Certos
comentadores de diversos sectores têm dado relevo, uns mais e outros menos, a
actuações – tentando ou mesmo conseguindo contentar a generalidade dos vários
campos – do estimado Professor Marcelo, candidato a presidente.
Vejamos: então não se lembram da frase canónica,
já velha de alguns anos, que descrevia bondosamente o nosso Marcelão como o “Maquiavel à moda do Minho”? E a outra,
também certeira, sem maldade e graciosa não ofendendo, que garantia que “Marcelo é como o cavalo de Átila; por onde
passa a erva política não torna a crescer”? E a barba de condottieri renascentista que ele cortou
quando decidiu apresentar ao mundo em particular e aos cidadãos lusos em geral
um aspecto mais “respeitável”?
Trocado por miúdos: o nosso estimado
professor, que como nenhum outro o poderia fazer se arriscava a ser uma
caricatura quando, em estilo de adolescente traquinas, dava notas na TV a estes
e aqueles, é um apreciador fundamentalmente da sua figura, de si mesmo,
himself, tendo traçado para si o panorama dos mais altos vôos.
E, não sendo um primário como Sócrates
parece que era segundo comentadores (esse dizia despejadamente que isto ou
aquilo era ou não era bom para a sua “carreira
política”, lembram-se?), o nosso putativo presidente da Res Publica faz
como os estrategas de alto coturno à boa maneira queiroziana: aqui deixa uma
palavra mansa e esperta, ali uma pancadinha amistosa, acolá um trejeito
cúmplice, além um afago para egos necessitados. Em suma: sabe-la toda, o
maganão! Tem a inteligência hábil, a lábia de que um jesuíta se felicitaria, a
estratégia bem própria para indrominar lusitanos desta época bendita. É um
politico muito capaz!
Se invejo Marcelo (sugere um leitor do
canto)? Claro que invejo, por Toutatis! Como eu gostaria de ter a sua agilidade
mental, o seu golpe de rins metafísico (recordam-se da sua santa “lata”, na TV,
quando cá veio de visita o benedito Ratzinger?)!
Infelizmente sou apenas um português de
segunda, quiçá até de terceira…E embora não vá votar nele, pois estes
conservadores que fazem rapapés à “esquerda” causam-me farnicoques, não deixo
de me deslumbrar perante a suave matreirice deste manguelas. Deste Senhor.
Será que, após um próximo governo de signo
estalinista iremos ter um presidente de timbre sacrista?
Evohé, Marcelo, os que vão aguentar a tua
linda e justíssima habilidade te saúdam!
2 comentários:
Boa malha! Aprovado.
Maria Viveiros
Belo desarrincanço! Parabéns!
Gustavo Parente
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