19 de dezembro de 2015

O "Mein Kampf" e o Alcorão



Publicou António Justo, no seu Pegadas do Tempo, este texto, que julgo merecer ser lido com toda a atenção. 

EDIÇÃO COMENTADA DO LIVRO DE HITLER “MINHA LUTA” (MEIN KAMPF)

Dois Pesos e duas Medidas – Anotações preventivas contra o Fascismo

70 anos depois do fascismo nazista, é permitida, a partir de 31.12.2015, a reedição da sua cartilha, na Alemanha.  Até à morte de Hitler tinham sido publicados 12 milhões de exemplares.Desde então a publicação de Mein Kampf ficou interdita.

Entre o dia 1 e 8 de Janeiro de 2016, vai ser publicado o livro de Hitler "Mein Kampf" (Minha Luta), com 3.500 anotações; os comentários destinam-se a precaver os jovens contra a ideologia nazista (ideias antissemitas, racistas e nacional-socialistas).

Por outro lado, continua a não se exigir anotações nem comentários ao Corão, embora este apele 27 vezes ao assassinato/perseguição de não-muçulmanos, contenha instruções para a subjugação das mulheres (1), afirme a discriminação e inferioridade dos não crentes muçulmanos, pregue a hostilidade para com os judeus e defenda a hegemonia muçulmana.

O historiador Christian Hartmann, do Instituto de História Contemporânea de Munique, espera que, com os 3500 comentários/anotações ao texto, poderá dizer que “‘Mein Kampf’ é uma granada velha e ferrugenta da qual tirámos o explosivo”. A edição sai com o título “Hitler, Meu Combate – Uma Edição Crítica„, em dois volumes e com o preço de 59€.


É oportuno lembrar que os nossos jovens não só devem ser protegidos contra a ideologia nazista, como também contra o fascismo religioso, tal como se expressa num Corão não comentado. O fa
cto de o fascismo ocorrer neste em traje religioso não pode ser considerado carta-branca nem tabu.

Qualquer pessoa familiarizada com a história islâmica sabe como Mohammed se comportava e que é tomado como exemplo a ser imitado, e como os terroristas muçulmanos se apresentam como os verdadeiros seguidores das prescrições do Corão; apesar de tudo isto, também os média continuam a considerá-lo inviolável. O Corão deveria possuir comentários tal como agora acontece com o livro de Hitler, a fim de reduzir o seu efeito de sedução sobre os jovens. A credibilidade da política deixa tudo a desejar neste ponto, onde não é permitida qualquer objectividade. A classe política e intelectual (que deveria conhecer bem “O Meu Combate” e o Corão, apresenta-se contraditória proibindo num lugar o que no outro se afirma. Com a sua indiferença torna-se cúmplice com os mais conservadores islâmicos, motivando os radicais em prejuízo dos reformistas.

A Política e a Sociedade cada vez se distanciam mais uma da outra, dado os políticos darem a impressão de terem menos conhecimento objectivo sobre o Corão, e do que ele não comentado causa, do que parte da população. É preciso motivar os muçulmanos de boa vontade a reformar o Islão, começando por exigir anotações às suras do Corão e motivar a abordagem teológica histórico-crítica sobre Maomé, sobre o Corão, sobre os ensinamentos do profeta e sobre a Sharia.

A História parece demonstrar que a consciência de povos e estados, mais que por princípios éticos, é determinada pelas realidades económicas e por interesses de poder, não sendo considerado como adulterada uma prática (moral) que os justifica, a não ser por pessoas mais sensíveis!

(1)      Na Arábia Saudita, atenta ao cumprimento do Islão, a posse de uma Bíblia é considerada crime; não é permitido às mulheres conduzir um carro nem navegar na Internet, nem lhes é permitido trabalhar, estudar ou viajar sem o consentimento de um protector masculino.

2 comentários:

Afonso Pereira disse...

Inteiramente de acordo. O Islão é um sistema fascista, tirânico. E não é por se mascarar de religião que o é menos.

A.P.

Anónimo disse...

Absolutamente de acordo com António Justo e com o comment de Afonso Pereira!
Fico agradecida a ambos pela lucides e pela coragem.

Maria Viveiros