Publicou António Justo, no seu Pegadas do Tempo, este texto, que julgo merecer ser lido com toda a atenção.
EDIÇÃO
COMENTADA DO LIVRO DE HITLER “MINHA LUTA” (MEIN KAMPF)
Dois
Pesos e duas Medidas – Anotações preventivas contra o Fascismo
70
anos depois do fascismo nazista, é permitida, a partir de 31.12.2015, a
reedição da sua cartilha, na Alemanha. Até à morte de Hitler tinham sido
publicados 12 milhões de exemplares.Desde então a publicação de Mein Kampf
ficou interdita.
Entre
o dia 1 e 8 de Janeiro de 2016, vai ser publicado o livro de Hitler "Mein
Kampf" (Minha Luta), com 3.500 anotações; os comentários destinam-se a
precaver os jovens contra a ideologia nazista (ideias antissemitas, racistas e
nacional-socialistas).
Por
outro lado, continua a não se exigir anotações
nem comentários ao Corão, embora este apele 27 vezes ao
assassinato/perseguição de não-muçulmanos, contenha instruções para a
subjugação das mulheres (1), afirme a discriminação e inferioridade dos não
crentes muçulmanos, pregue a hostilidade para com os judeus e defenda a
hegemonia muçulmana.
O
historiador Christian Hartmann, do Instituto de História Contemporânea de
Munique, espera que, com os 3500 comentários/anotações ao
texto, poderá dizer que “‘Mein Kampf’ é uma granada velha e ferrugenta da qual
tirámos
o explosivo”. A edição sai com o título “Hitler, Meu Combate – Uma Edição
Crítica„, em
dois volumes e com o preço de 59€.
É oportuno lembrar que os nossos jovens não só devem ser protegidos contra a ideologia nazista, como também contra o fascismo religioso, tal como se expressa num Corão não comentado. O facto de o fascismo ocorrer neste em traje religioso não pode ser considerado carta-branca nem tabu.
Qualquer
pessoa familiarizada com a história islâmica sabe como Mohammed se comportava e
que é tomado como exemplo a ser imitado, e como os terroristas muçulmanos se
apresentam como os verdadeiros seguidores das prescrições do Corão; apesar de
tudo isto, também os média continuam a considerá-lo inviolável. O Corão deveria
possuir comentários tal como agora acontece com o livro de Hitler, a fim de
reduzir o seu efeito de sedução sobre os jovens. A credibilidade da política
deixa tudo a desejar neste ponto, onde não é permitida qualquer objectividade.
A classe política e intelectual (que deveria conhecer bem “O Meu
Combate” e o Corão, apresenta-se contraditória proibindo num lugar o que no
outro se afirma. Com a sua indiferença torna-se cúmplice com os mais
conservadores islâmicos, motivando os radicais em prejuízo
dos reformistas.
A
Política e a Sociedade cada vez se distanciam mais uma da outra, dado os
políticos darem a impressão de terem menos conhecimento objectivo sobre o
Corão, e do que ele não comentado causa, do que parte da população. É preciso
motivar os muçulmanos de boa vontade a reformar o Islão, começando por exigir
anotações às suras do Corão e motivar a abordagem teológica histórico-crítica
sobre Maomé, sobre o Corão, sobre os ensinamentos do profeta e sobre a Sharia.
A
História parece demonstrar que a consciência de povos e estados, mais que por
princípios éticos, é determinada pelas realidades económicas e por interesses
de poder, não sendo considerado como adulterada uma prática (moral) que os
justifica, a não ser por pessoas mais sensíveis!
(1) Na Arábia
Saudita, atenta ao cumprimento do Islão, a posse de uma Bíblia é considerada
crime; não é permitido às mulheres conduzir um carro nem navegar na Internet,
nem lhes é permitido trabalhar, estudar ou viajar sem o consentimento de um
protector masculino.
2 comentários:
Inteiramente de acordo. O Islão é um sistema fascista, tirânico. E não é por se mascarar de religião que o é menos.
A.P.
Absolutamente de acordo com António Justo e com o comment de Afonso Pereira!
Fico agradecida a ambos pela lucides e pela coragem.
Maria Viveiros
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