29 de setembro de 2015

"Os cenógrafos"



Mais uma excelente análise de Helena Matos!

PARABÉNS!



    Em nome da equipa deste blog, daqui envio à Triplov- Revista de Artes, Religiões e Ciências, e à sua incansável directora, Maria Estela Guedes, os parabéns pelo merecido prémio internacional que lhe foi conferido este ano!
    Com os votos de que a Triplov se mantenha, por muitos e bons anos, como aquilo que tem sido até hoje: um meio de difusão cultural em sentido lato, assente na observação rigorosa do princípio da liberdade de expressão de pensamento.
    Bem haja!

"O mistério de António Costa"



    Vale a pena ler este texto de Rui Ramos, no Observador:

    Porque é que António Costa perdeu as eleições? A resposta, como é óbvio, é que ainda não perdeu. Mas é essa a pergunta que já toda a Lisboa oligárquica faz, muito impressionada pelas sondagens e pelos azares da campanha. A Europa tem-nos dado este ano motivos suficientes para desconfiarmos de primeiras impressões em campanhas eleitorais. Mas para a nossa oligarquia política, a simples possibilidade de uma derrota de Costa já é algo de incompreensível. E isso não apenas à esquerda, como à direita, porque a oligarquia é oligarquia antes de ser de esquerda ou de direita.

    A primeira razão de perturbação é esta: um governo que corta rendas e muda hábitos tem de perder eleições. Este foi, durante décadas, um dos pilares da sabedoria oligárquica, e a explicação da abstinência reformista do regime. A imaginação dos nossos oligarcas deriva de leituras liceais dos anos 60 e 70: a si próprios, gostam de se imaginar a partir dos Maias  de Eça de Queiroz, sofisticados e espirituosos; ao “povo”, imaginam-no a partir dos Gaibéus de Alves Redol: uma massa terceiro-mundista e dependente, que cabe à oligarquia dirigir e alimentar. Com cuidado: é que quando falta comida e sossego, o povo morde — porque “as pessoas não percebem”. Daí que a “austeridade” só pudesse ser uma receita de derrota. E daí também que fosse possível conceber o regresso ao poder, como fez Costa, pelo expediente de repetir que a culpa das dificuldades é só dos mauzões “neo-liberais”. Costa devia neste momento circular de andor nas ruas do país. Alguma coisa aconteceu: é agora a oligarquia que “não percebe”.

    A segunda razão está implícita na primeira: a oligarquia política é dona do país, e a democracia é o regime através do qual o povo é convidado a reconhecer esse senhorio. Ora, é difícil imaginar oligarca mais fácil de identificar do que António Costa. Costa cresceu ao colo do regime. Não houve dirigente do PS nos últimos trinta anos que não o tivesse posto num qualquer altar. Costa dá-se com toda a gente, da direita à esquerda. Chama-se a isso, em linguagem oligárquica, ser “consensual”. Passos não é assim. Andou na JSD, mas veio da província. Tirando Marques Mendes, nenhum líder do PSD lhe deu a mão e houve mesmo quem o tivesse perseguido. Não consta que fale com muita gente. Para a oligarquia, é um intruso, um “desconhecido”, como insinuou Costa. A frieza com que se permitiu tratar Ricardo Salgado, o banqueiro do regime, é a prova. No momento em que Costa apareceu, o país, como o cão de Ulisses, tinha obrigação de reagir. Que se passa? Os portugueses já não veem televisão?

    No país da oligarquia, Ricardo Salgado ainda deveria ter um banco (com o dinheiro dos contribuintes), um ex-primeiro ministro nunca poderia ter sido preso, e um membro honorário da Quadratura do Círculo teria de estar à frente nas sondagens. A oligarquia está confusa. Querem ver que, afinal, a “austeridade” não foi tão má como os próprios oligarcas andaram a dizer? Terá sido a Grécia? O fantasma de Sócrates? As fatalidades do euro? Ou a culpa é toda do Costa, esse eterno hesitante? Tudo passa pela cabeça aos nossos oligarcas. Menos uma coisa: a hipótese de o povo os ter percebido, a começar pelo fracasso e fuga de 2011.

    No seu desespero, os oligarcas de esquerda e de direita que cercam António Costa já admitem tudo, por exemplo, um resultado que lhes permitisse, mesmo perdendo, governar com o apoio do PCP e do BE. Pouco lhes importa a crise político-constitucional. Para a oligarquia, o regime vale menos do que o seu poder e a sua influência.

28 de setembro de 2015

NÃO PODEMOS IGNORAR



  Num texto dado a lume no decorrer dum congresso realizado numa universidade americana do noroeste, descrevi o Islamismo como uma doutrina de combate e conquista, pois sendo uma "religião revelada" é, na verdade, uma ideologia - como todas as "religiões reveladas" o são efectivamente.


   ("Religiosidade" essa que não provém da íntima concepção mística inerente ao ser humano numa fase sintomática, mas sim de factos impressos, após contacto mal entendido pelos objectos dela, mas orientados e propostos expressamente pelas entidades propulsoras, com objectivos eventuais determinados).


  O islamismo não é compatível nem com a modernidade - que lhe é adversa - nem mesmo com a mais estrita democracia, por razões que entroncam na sua doutrina essencial.


  Como muito bem escreveu Salman Rushdie, "o problema não é o extremismo, mas o Islão em si". Ou seja, em termos conclusivos que a História corrobora: "Um islamita é sempre potencialmente um fanático;  um fanático, potencialmente um jihadista; e um jihadista potencialmente um criminoso".


  (Os que têm, em enorme parte, cometido atentados, são não pobres felahs em fúria mas gente dispondo de proventos e até maioritariamente com cursos superiores. Ou seja, a cultura superior de que dispõem não supera a doutrina impressa, antes ajuda e cumplicia para serem mais eficazes!


  Daí que constitua uma ilusão acatitada pelos do politicamente correcto a ideia peregrina de que é possível conviver em liberdade democrática com a doutrina e a prática islamitas.


  NUNCA O FOI.



  Os documentos e os relatos históricos específicos corroboram-no!

  É já uma evidência, comprovada após análise competente, que em dado tempo no futuro vai dar-se um choque absoluto entre o mundo moderno e o Islão.


  A única coisa que não se sabe ainda de ciência certa é se esse choque será mais ou menos sangrento. E se o Ocidente democrático e libertário, numa primeira fase, poderá levar de vencida as hordas islâmicas. As quais, neste momento, são sustentadas socialmente e servidas pelas hostes progressivamente mais fortes dos chamados “moderados”, que constituem efectivamente a primeira vaga de invasão e combate (aparentemente conciliatório, legítimo e “pacífico”).


  A finalizar, acentuemos este dado hoje já perceptível: a criação e a expansão do termo/conceito "islamofobia" é uma arma de guerra posta a correr por razões próprias pelos apaniguados, ainda que camuflados, do totalitarismo islamita actual e putativo futuro.

  Daí que seja importante esclarecer as comunidades sobre o que tem de legítima a capacidade de não querer a doutrina islâmica, que não tem na verdade qualquer direito de se constituir como uma inevitabilidade a aguentarmos.

26 de setembro de 2015

A anedota do carvão climático asiático




É assim que se enxofra e os idiotas ocidentais da luta contra o "aquecimento global" proclamam ter conseguido uma vitória na China enquanto... não se pode fazer o mesmo no Ocidente porque temos que gramar as ventoinhas de derreter dinheiro.

"The argument appears to be, the coal plants will be built anyway – so when Japan finances the construction of high efficiency supercritical coal generators, rather than the smoky low efficiency units which would have been constructed without their financial help, they should be allowed to count the difference in emissions between the high efficiency units which are built, and low efficiency units which could have been built (up to a 50% reduction per plant according to the IGCC) as a contribution to reducing CO2 emissions – even though as the new plants come online, it seems likely that overall global CO2 emissions will actually surge."

21 de setembro de 2015

A Europa gagueja, o Estado Islâmico não




Estado Islâmico ameaça enviar 500.000 imigrantes para a Europa
Os extremistas do Estado Islâmico (EI) ameaçaram ontem criar o "caos no Mediterrâneo", caso a União Europeia decida enviar tropas para a Líbia.
"Se enviarem forças armadas para a Líbia, enviaremos meio milhão de imigrantes", refere uma mensagem enviada ao governo italiano o ramo líbio do EI. 

A ameaça surgiu depois do ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Angelino Alfano, ter declarado que a resolução líbia deveria ser uma "prioridade absoluta" para a comunidade internacional. Também o ministro da Defesa italiano diz ter prontos 5.000 militares para combater o EI. 

"Se as milícias do Califado avançam mais depressa que as decisões da comunidade internacional, arriscamo-nos a um êxodo sem precedentes", avisou Alfano. Embora nos últimos anos a União Europeia (UE) tenha realizado acordos com os países muçulmanos do Mediterrâneo para travar o fluxo de imigrantes africanos, a queda do regime do ditador líbio Muammar Khadafi em 2011 mostrou a fragilidade da fronteira a sul.

A divisão do país entre milícias rivais impediu qualquer controlo oficial à imigração a partir dos portos líbios, que se situam a apenas 350 km de Itália, e a partir dos quais milhares de imigrantes tentaram a sua sorte pelo Mediterrâneo para entrar na ‘Fortaleza Europa'. Durante os últimos dias do regime, derrubado com a ajuda militar do Ocidente, o próprio Khadafi havia alertado para esta possibilidade. "Sem mim, o Mediterrâneo vai tornar-se no mar do caos", disse o ex-ditador. Segundo a imprensa italiana, o EI tenciona usar os imigrantes como "arma psicológica" contra a Europa, em particular contra Itália, estando a reunir embarcações para enviar para o Velho Continente a maioria das 700 mil pessoas que se encontram actualmente nas costas líbias a tentar entrar ilegalmente na UE. "A partir do momento em que o nosso país avance com o cenário de intervenção militar, os jihadistas planeiam enviar à deriva na direcção das nossas costas centenas de barcos apinhados de imigrantes", avisa o jornal italiano Il Messagero, citando escutas telefónicas secretas a que teve acesso.

20 de setembro de 2015

O NÓ DO PROBLEMA



    Sucintamente: o problema que atinge Costa e, por carambola, todos nós, não é tanto ser ele um pequeno hipócrita político (sorridente para a maralha que quer indrominar, irritável e colérico de acordo com observadores, de discurso vazio e demagógico) mas muito principalmente ser correligionário de gente altamente duvidosa dum ponto de vista político partidário: os Maduros, os Castros, os Varoufakis do vasto mundo sabem ter nele um irmão de sangue militante, um partidário das doutrinas com que eles vão destroçando agora o mundo realmente democrático e, no passado, deixaram em petição de miséria as sociedades por onde passaram.

  As declarações, produzidas em sequência temporal, deste socialista de obediência programática permitem-nos pensar que, tal como um Corbyn de pequena extração, estará efectivamente do lado dos que visam transformar o panorama internacional não num lugar onde a liberdade, a cidadania e o progresso tenham foros de realidade mas sim num entreposto onde reine o arbítrio, a intimidação e o cripto-autoritarismo à guisa dos seus aliados naturais BE e PC e de outros que a História certificou.


    A coligação PAF pode ter cometido erros e lacunas, pontualmente caquexias, principalmente devido à herança envenenada e ao estado calamitoso deixado pelo aventureiro que ocupou anteriormente a governança. Mas os asseclas de Costa visam de novo jungir o país a uma obrigatoriedade que lhes permita, mediante uma fuga para a frente, transformar de novo Portugal numa coutada dos lelos, dos malhadores, dos verborreicos senis, dos que só têm em vista transformar de novo a nação numa herdade política para os seus manejos perniciosos.

  Costa, na verdade, é muito mais perigoso do que Sócrates foi. Com efeito, o “animal feroz da política” como os seus asseclas, numa linguagem tipicamente violenta o crismaram, sendo um perclaro aventureiro político teve telhados de vidro pessoais que permitiram à civilidade pará-lo. Mas como impedir - por métodos democráticos, civilizados e legítimos como é apanágio num país de Direito - um indivíduo como Costa de tripudiar sobre a Nação se ele se enroupa de acções formalmente democráticas mas, em essência, gravosas para os cidadãos, pois relevam de futura má governança e de má postura, em vista da duplicidade política que nos faz adivinhar e saber e com que se enquadra? 


   Diríamos, parafraseando Lord Halifax, que “Pior que um homem público desonesto é um homem público sério na sua vida privada mas manobrador destrutivo na acção da colectividade ”.

 Os cidadãos, usando os seus direitos democráticos e legítimos do voto, podem no próximo dia 4 de Outubro afastar de vez do horizonte do mando nefasto este político que, claramente desejando ser guindado a um alto posto, todavia não soube afirmar-se como uma personalidade que calasse fundo na estima e no geral respeito dos portugueses.

19 de setembro de 2015

Histórias que o meu avô contava - 1



      Inicio, aqui, um pequeno conjunto de histórias, das muitas com que o meu saudoso avô me foi ajudando, mesmo agora, a conhecer o mundo.

O soldadinho e o poeta

Havia, antes da revolução a que alguns chamaram Revolução da Maria Florista, um poeta de nome Ary, muito popular e querido de cantores e de gente sem cheiro a bafio de sotaina. Mas esse poeta muito popular e querido de cantores e de gente sem cheiro a bafio de sotaina era, como hoje às vezes ainda se diz, mariconço. O que perturbava a paz de espírito dos que, também ainda hoje, andam calçados com botas de seminarista, mesmo sem o saberem.

Ora entrou ele um dia num café chamado A Brasileira, onde costumava conviver com alguns dos seus amigos. Naquela ocasião, porém, além destes, havia um par de soldadinhos sentados a uma mesa, um dos quais, por debaixo do calçado da tropa, trazia as tais botas do Seminário. Toscou o poeta por vê-lo às vezes na televisão, e achou que era seu dever e sua satisfação dar, logo ali, o exemplo de como pôr um mariconço no seu devido lugar. Para mais, um celebrado mariconço, o que elevaria sem dúvida à glória o inevitável reconhecimento e estima sociais que de tal feito lhe adviriam.

Se bem o pensou, melhor o fez. Levantou-se, caminhou solenemente até à mesa do poeta, parou em frente dele e aplicou-lhe, de supetão, nas bochechas (o Ary era anafadito) duas belas e sonoras bofetadas, enquanto exclamava, com voz forte: “Seu porco!”. E preparou-se, impante de orgulho de si mesmo, para se virar e sair do café por entre alas de aplausos, ao menos os que reservara, por antecipação, de si para si próprio.

Só que o Ary, se era conhecido pelos seus improvisos em verso não o era menos por nunca se saber o que poderia fazer nas situações em que fosse apanhado de surpresa. Deslizando de imediato o corpanzil pela cadeira, caiu aos pés do soldadinho e gritou: “Juro-te, meu querido, que nunca mais te ponho os cornos!”. E, com isso, levantou um coro de gargalhadas que enrubesceram de vergonha as faces do soldadinho e o levaram a sair dali o mais depressa possível.

Do poeta, tanto quanto se sabe, nunca teve um filho, nem biológico nem adoptado. Do soldadinho, de quem nem o meu avô nem quem lhe contou esta história soube depois notícias, é no entanto de supor que os tivesse. O que será feito deles? É difícil prever, dizia ele. Pois se até o Fidel foi educado pelos Jesuítas…

 Nestas coisas, porém, acrescentava para terminar, o melhor é esquecer o assunto. A vida, afinal, é uma festa, e avante é que é!

Avante!

16 de setembro de 2015

A genética, a inteligência e a segurança da Europa



E não é que todos menos um são da família do imb... do eng.º?

Vá dizer isso ao imb... ao eng.º Guterres!





    Diretor da Europol, agência europeia de polícia e forças de segurança, diz que os traficantes de pessoas vão desde “simples oportunistas” até gente integrada em redes multinacionais.

    É um fenómeno recente. E são grupos com grande capacidade tecnológica, que utilizam diferentes plataformas. Encerra-se uma página, podem abrir outra em segundos”, explica o diretor da Europol, Rob Wainwright, em resposta à questão sobre o motivo de ser tão complicado travar a atividade na internet dos traficantesde seres humanos.
    Entrevistado pelo “El País” a propósito do modo como a Europol está a lidar com a atual situação decorrente da guerra civil na Síria, Wainwright refere que “o aumento de refugiados criou muitas oportunidades de negócio” e que “esta crise é como um íman para grupos criminosos que sabem como fazer dinheiro muito facilmente”.
    Este ano, a Europol já terá identificado cerca de 30 mil suspeitos e aberto 1500 novas investigações. O perfil dos envolvidos vai desde “simples oportunistas” até àqueles que integram redes multinacionais.
    “Nos últimos dez anos comprovámos que um terço dos traficantes [de seres humanos] também está implicado em tráfico de drogas, lavagens de dinheiro, falsificação de documentos. (…) São pessoas flexíveis, capazes de se adaptarem com muita facilidade”, afirmou ainda na entrevista concedida ao jornal espanhol.

14 de setembro de 2015

UMA VISÃO SOBRE O ISLÃO



    Chegou-nos por email este texto que aqui vos deixamos:

    Um homem, cuja família era da aristocracia alemã antes da II Guerra Mundial, era dono de um grande número de indústrias e propriedades. Quando questionado sobre quantos alemães eram nazis verdadeiros, a resposta que ele deu pode orientar a nossa atitude em relação ao fanatismo.


    "Muito poucas pessoas eram nazis verdadeiros ", disse ele, "mas muitos apreciavam o retorno do orgulho alemão, e muitos mais estavam ocupados demais para se importar. Eu era um daqueles que só pensava que os nazis eram um bando de tolos. Assim, a maioria apenas se sentou e deixou tudo acontecer. Então, antes que soubéssemos, pertencíamos a eles; tínhamos perdido o controle, e o fim do mundo havia chegado. Minha família perdeu tudo. Eu terminei num campo de concentração e os aliados destruíram as minhas fábricas".


    Somos repetidamente informados por "especialistas" e "cabeças falantes" que o Islão é a religião de paz e que a grande maioria dos muçulmanos só quer viver em paz. Embora esta afirmação não qualificada possa ser verdadeira, ela é totalmente irrelevante. Não tem sentido, tem a intenção de nos fazer sentir melhor, e destina-se a diminuir de alguma forma, o espectro de fanáticos furiosos em todo o mundo em nome do Islão.


    O facto é que os fanáticos governam o Islão neste momento da História. São os fanáticos que marcham. São os fanáticos que travam qualquer uma das 50 guerras de tiro em todo o mundo. São os fanáticos que sistematicamente abatem grupos cristãos ou tribais por toda a África e estão tomando gradualmente todo o continente em uma onda islâmica.


    São os fanáticos que bombardeiam, degolam, assassinam, ou matam em nome da honra. São os fanáticos que assumem mesquita após mesquita. São os fanáticos que zelosamente espalham o apedrejamento e enforcamento de vítimas de estupro e homossexuais. São os fanáticos que ensinam os seus filhos a matarem e a tornarem-se homens-bomba.


    O facto duro e quantificável é que a maioria pacífica, a "maioria silenciosa", é e está intimidada e alheia. A Rússia comunista foi composta por russos que só queriam viver em paz, mas os comunistas russos foram responsáveis pelo assassinato de cerca de 20 milhões de pessoas. A maioria pacífica era irrelevante. A enorme população da China também foi pacífica, mas comunistas chineses conseguiram matar estonteantes 70 milhões de pessoas.


    O indivíduo médio japonês antes da II Guerra Mundial não era um belicista sadista... No entanto, o Japão assassinou e chacinou no seu caminho por todo o Sudeste Asiático numa orgia de morte, que incluiu o assassinato sistemático de 12 milhões de civis chineses, mortos pela espada, pá, e baioneta. E quem pode esquecer Ruanda, que desabou em carnificina? Não poderia ser dito que a maioria dos ruandeses eram "amantes da paz"?


    As lições da História são muitas vezes incrivelmente simples e contundentes, ainda que para todos os nossos poderes da razão, muitas vezes falte o mais básico e simples dos pontos: os muçulmanos pacíficos tornaram-se irrelevantes pelo seu silêncio. Muçulmanos amantes da paz se tornarão nossos inimigos se não falarem, porque como o meu amigo da Alemanha, vão despertar um dia e descobrir que são propriedade dos fanáticos, e que o final de seu mundo terá começado.


    Amantes da paz alemães, japoneses, chineses, russos, ruandeses, sérvios, afegãos, iraquianos, palestinianos, somalis, nigerianos, argelinos, e muitos outros morreram porque a maioria pacífica não falou até que fosse tarde demais.


    Agora, orações islâmicas foram introduzidas em Toronto e outras escolas públicas em Ontário e, sim, em Ottawa também, enquanto a oração do Senhor foi removida (devido a ser tão ofensiva?). A maneira islâmica pode ser pacífica no momento no nosso país, até os fanáticos se mudarem para cá.


    Na Austrália e, de facto, em muitos países ao redor do mundo, muitos dos alimentos mais comumente consumidos têm o emblema halal (o que é permitido por Alá) sobre eles. Basta olhar para a parte de trás de algumas das barras de chocolate mais populares, e em outros alimentos no seu supermercado local. Alimentos em aeronaves têm o emblema halal, apenas para apaziguar uma minoria privilegiada, que agora se está expandindo rapidamente dentro das margens da nação.


    No Reino Unido, as comunidades muçulmanas recusam-se a integrar-se e agora há dezenas de zonas "no-go" dentro de grandes cidades de todo o país em que a força policial não ousa se intrometer. A Lei Sharia prevalece lá, porque a comunidade muçulmana naquelas áreas se recusa a reconhecer a lei britânica.

    Quanto a nós que assistimos a tudo isto, devemos prestar atenção para o único grupo que conta - os fanáticos que ameaçam o nosso modo de vida.


    Por fim, qualquer um que duvide que o problema é grave e apenas exclua este texto sem o divulgar, estará contribuindo para a passividade que permite que os problemas se expandam.

    Vamos esperar que milhares de pessoas, em todo o mundo, leiam e pensem sobre isto e também divulguem esta reflexão – antes que seja tarde demais.

(ataque islamista a cristãos do Médio-Oriente)

13 de setembro de 2015

Os refugiados, a Comunicação Social e...




... e... e olha...!
(via amigodeisrael.blogspot.pt)

O vendedor de bugigangas

    

    A quem, como eu, assistiu ao debate entre Pedro Passos Coelho e António Costa na passada quarta-feira, não foi preciso preciso chamar a atenção para o forte nervosismo do socialista (seja lá o que isso signifique para ele), trocando ou acrescentando amiúde sílabas estranhas às palavras com que se engasgava, os papéis com gráficos para iluminar o povo sacudidos pelo tremor das mãos. O primeiro-ministro não teve dúvidas nem quanto às respostas a dar-lhe nem quanto a deixar que aquela triste cena falasse por si. E falou.
    E toda a gente viu, ouviu. Toda a gente menos, é claro, os comentadores que... bem, Alberto Gonçalves disse hoje exemplarmente no DN o que há a dizer sobre o assunto em duas crónicas, e eu agradeço-lhe o ter-me poupado o trabalho. Aqui as deixo.





Depois do debate

    Ao longo da quarta-feira, as televisões trataram o programa do serão como tratam os desafios de futebol, incluindo (juro) os indispensáveis inquéritos a transeuntes sobre os "prognósticos" para o jogo, perdão, o debate. Só faltaram as célebres filmagens dos autocarros a caminho do estádio, perdão, do estúdio, de modo a envolver o espectador em pleno ambiente da bola. Não faltou o intervalo. Não faltou a flash interview. E não faltou António Costa, que à semelhança dos comentadores do ramo se fingiu frequentemente indignado, puxou de bonitos papéis e recorreu ao truque mais infantil das discussões do género: o não-vale-a-pena-exaltar-se, sobretudo quando Pedro Passos Coelho praticamente adormecera, é um artifício que só não envergonha os fanáticos.

    E os fanáticos, ou os convertidos à partida, não têm vergonha nenhuma. Mal terminou o debate, correram a decretar a estrondosa vitória do Dr. Costa com o alívio de quem começava a perder a esperança nas "legislativas". Não é por acaso: durante hora e meia, o Tsipras indígena (a comparação é do Telegraph de Londres) conseguiu desfiar as suas extraordinárias patranhas quase sem contraditório do adversário, o qual, não sei se o referi, estava a dormir. Ao Dr. Passos Coelho, cujas limitações não são pequenas, bastava deixar claro o absurdo que é um destacado cúmplice da bancarrota regressar com promessas de novo desastre. Ou lembrar que a portentosa "gestão" da Câmara de Lisboa, salva à custa do Estado, é no mínimo uma mentira cabeluda. O resto ficaria por conta do próprio Dr. Costa, que louva imenso a "lusofonia" e fala um português assaz carenciado.

    Contas feitas, o debate suscitou dois mistérios e um avanço civilizacional. O primeiro mistério é a apatia do Dr. Passos Coelho, que sempre possui meia dúzia de indicadores económicos amáveis, se bem que precários, para atirar ao currículo socialista de miséria e fraude. O segundo mistério é o facto de as desconchavadas lendas do menoríssimo Dr. Costa ainda convencerem muitos cidadãos que não os cidadãos que dele esperam uma nomeação, um emprego, um pratinho na extremidade da mesa do poder. O mérito do debate passa por José Sócrates.

    No país invertido que habitamos, houve jornais e analistas que atribuíram ao ex-primeiro-ministro a grande vitória da noite. Falharam por pouco: José Sócrates foi evidentemente o maior derrotado. Viram o que eu vi? O Dr. Passos Coelho ocupou metade do tempo a associar, com legitimidade, o Dr. Costa ao "engenheiro". O Dr. Costa ocupou a metade restante a negar, sem legitimidade, as acusações. E não resistiu a uma graçola que no fundo achincalha menos o destinatário do que o sujeito: "Porque é que não vai lá a casa debater com ele? Tem tantas saudades..." Aliás, depois do debate, diversas "personalidades" socialistas - e conhecidos devotos "socráticos" - aderiram ao folguedo e usaram a insistência em José Sócrates para tentar diminuir o Dr. Passos Coelho. Na verdade, as chalaças plantadas nas ditas "redes sociais" diminuem José Sócrates, que devagarinho alcançou o prestígio da peçonha. Noventa minutos televisivos pareceram sugerir o que nove meses de cadeia e anos de trapalhadas prometiam: a morte política de um homem abaixo de qualquer suspeita. Veremos.

    Por enquanto, vemos o Dr. Costa, que José Sócrates abomina em privado e "apoia" em público, dispor de um futuro radioso a trocar argumentos por conversa fiada no Tempo Extra, na Quadratura do Círculo, no Trio de Ataque ou em qualquer outro desses debates futebolísticos. Ou, se Deus Nosso Senhor for excessivamente sarcástico, no cargo de primeiro-ministro. Com sorte, já terá havido pior. E não é preciso citar o nome.



Da liberdade ao Rato

    Falou-se imenso do debate em que três "moderadores" amigos (e, até certo ponto, Pedro Passos Coelho) deixaram António Costa à vontade para vender bugigangas. Por motivos evidentes, falou-se muito menos da entrevista do dia seguinte, na RTP, em que o Dr. Costa passou o tempo a acusar o jornalista Vítor Gonçalves de estar ao serviço do PSD. O lendário humanismo dos socialistas, decerto inspirado pela bonomia do seu fundador, tem tendência a exasperar-se com perguntas a sério e com o contraditório em geral. Faz sentido: se a moda pegasse, qualquer dia o Dr. Costa seria obrigado a reconhecer que o universo feliz e copioso das suas propostas (?) não possui a mais vaga relação com a realidade - isto admitindo que ele consegue notar a diferença.

    Depois do pedagógico sms a um director adjunto do Expresso, há meses, fica definitivamente estabelecido o estilo do Dr. Costa, e fica provado que as semelhanças com José Sócrates não se esgotam no "modelo económico" (eufemismo para ruína). Esqueçam as promessas de leite e mel: a acontecer, o regresso do PS será sobretudo o regresso a isto, à intimidação, à ameaça, à intolerância e em suma ao convívio complicado com os pressupostos da liberdade. O governo em vigor esfola-nos através do fisco? Prefiro que me aliviem o bolso do que me calem a boca, para cúmulo quando a segunda habilidade é opcional e, apesar dos pantomineiros que juram o contrário, a primeira não.